Ainda que tenha mantido sua fórmula de temporada fechada, Dexter conseguiu superar todas as barreiras imaginadas pelos seus fãs neste 4º ano após uma inconsistente e regular 3ª temporada. Michael C Hall e os produtores do programa conseguiram convencer a todos que merecem ganhar as premiações que há anos vem concorrendo.
Desta vez fugimos do clichê e tivemos uma batalha de gigantes, na qual a expectativa por um desfecho era descomunal. O estonteante John Lithgow nos entregou um personagem mais do que sólido e com nuances poéticas que há muito não se vê na tv. Seu ciclo não referiu-se única e exclusivamente ao padrão do assassino Trinity, mas também de toda a jornada de Dexter ao longo das temporadas anteriores.
Após 49 minutos de tensão e desfechos os roteiristas revelaram a morte de Rita, a qual literalmente foi um soco no estômago de todos que um dia duvidaram da genialidade por trás dos textos do programa. Esta decisão inesperada mudará por completo o rumo da série e é exatamente este efeito que os produtores tinham em mente quando surpreendeu não só os telespectadores, mas também o próprio elenco do show.
A decisão da retirada de Julie Benz não foi um ato isolado de coragem que merece ser premiado. Sua saída encerra um ciclo que leva Dexter a enfrentar seu passado, presente e futuro. Ao mesmo tempo, revela o início de um ciclo inteiramente renovado, talvez mais visceral e justificável; mas então me pergunto: como justificar a personalidade corrompida e os atos desumanos de Dexter quando este apenas se tornou vítima de seu próprio desejo por sangue e justiça?
Não há o que discutir, especular ou justificar; fato é que em apenas 2 minutos, a série Dexter foi capaz de satisfazer todo e qualquer fã, levando-os ao paraíso que o personagem de Michael C Hall talvez nunca será capaz de conhecer.
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