Se para subir em meu conceito a série precisa de foco nos casos, em Kill The Messenger conseguimos obter um ótimo resultado que envolveu não só a equipe usual dos demais casos, mas também a ajuda do capitão. Não que ele seja uma adição relevante para o caso, porque não foi tanto assim, mas ao menos serviu para mostrar a subordinação e o respeito que Becket tem para com ele.
Não tivemos tantas piadas como o de costume e não reclamo desta mudança neste episódio já que pudemos conferir e ter a prova de que Castle não é apenas uma série de relacionamentos; ela sabe trabalhar com tramas policiais sim e consegue lidar com o suspense gerado em um caso de homicídio. O caso da vez envolveu um mensageiro que no exercício de sua função foi brutalmente atropelado por um homem encapuzado que além de ter agido premeditadamente, ainda roubou a encomenda que o ciclista carregava.
Obviamente que as piadas estariam presentes e dentre elas a que mais me agradou foi a busca e apreensão na casa da aposentada Mulher Gato [será que Halle Barry ficará daquele jeito? Meda], que rendeu boas risadas devido ao arrombamento da porta, a surdez da velhinha e sua fala estridente. Com o depoimento da Sra.Niedermeyer, descobrimos que a encomenda estava endereçada ao Capitão Montgomery e que continha a prova que inocentaria um ex-condenado por um crime cometido há 10 anos.
A tensão em busca de quem estava por trás de tudo era tão grande que separou todos os detetives em busca de informações e provas que pudessem ajudar no caso. A informação dada pela esposa do remetente de que ele havia assumido a culpa em troca de um pagamento, foi estopim para direcionar toda a investigação para o primeiro caso, aquele mesmo, de 10 anos atrás.
Para uma investigação legítima o legista sugeriu uma exumação do corpo da vítima que foi aquela idéia nojenta e típica de fazer Castle abrir um sorriso largo como criança com Nintendo Wii na mão. Como já era de se esperar, o caso ficou, como de costume, pulando de suspeito para suspeito, mas o interessante deste episódio e que o diferencia dos demais, é que todas as suspeitas recaiam sobre algum membro da família Wellesleys, criando certo clima entre os próprios familiares. Devido a mania ingênua de não vermos velhinhos educados como prováveis assassinos em sua juventude, nem sequer desconfiamos do envolvimento da senhora.
Enfim, o caso é praticamente entregue nas mãos dos nossos investigadores e do Writer (mais uma vez ele usava o colete diferenciado) e o esforço todo para se chegar até aquele ponto aparentou inútil, quando na verdade foi o que verdadeiramente contribuiu para que chegassem àquela conclusão.
Com o caso resolvido, Castle ainda tinha a missão de aconselhar a sua mãe a se encontrar com seu novo amigo virtual, que por coincidência era um amigo real do passado da old lady. Já estamos acostumados com a segurança, autenticidade e alegria de Martha e definitivamente não seria um My Space que tiraria estas qualidades da mulher, mas confesso que foi muito engraçado vê-la o episódio todo correndo o cursor entre o accept e o deny. Sua presença traz a leveza que a série precisa para se manter equilibrada. A auto-suficiência de Martha e sua espontaneidade definitivamente são hereditários, mas a grande preocupação no momento vive na pergunta: Quão parecido Castle pode ser em relação á mamãe?.
Kill The Messenger mostrou o outro lado da moeda chamada Castle e foi muito feliz em sua abordagem. Ainda que a série não tenha sua próxima temporada 100% garantida, fica difícil imaginarmos outro destino quando o ritmo se mostra tão consistente e agradável quanto a audiência do show.
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