26 de jan. de 2010

Private Practice - 3x12 - Best Laid Plans


Com uma força inacreditável, Private Practice exibe um de seus episódios mais intensos, ficando a frente de sua predecessora anos luz nesta semana. O programa vem se mostrando extremamente complexo, visceral e humano ao longo desta temporada.
Dr. Fife mais uma vez se mostra um excelente adição ao elenco ao ser um indivíduo que, mesmo com suas crenças, age de forma desumana em todos os seus casos e nos faz odiá-lo com todas as forças; já vimos Naomi tentar pará-lo uma vez e agora chegou a vez de presenciarmos Pete dando com os burros n’água. E pior (ou melhor)que ver Pete perdendo a briga para o cadeirante é vê-lo se juntando a causa de tratamentos miraculosos, porém devastadores.
E se toda a discussão em torno da ética do Dr. Fife já não bastasse para passarmos horas dialogando a respeito deste episódio, tivemos uma trama que, sem sombra de dúvidas surpreendeu a todos, tornando Best Laid Plans em um dos meus episódios favoritos da série: a gravidez de Maya.
Audra McDonald está simplesmente possuída no papel de Nai há algum tempo e me parece que este ano a atriz se comprometeu a ganhar destaque diante de tantos talentos entre os colegas de trabalho. O desespero e os atos impensados de Nai como mãe me levaram incontáveis vezes às lágrimas, tanto neste quanto no episódio The Parent Trap (3x09), em que Nai e Sam tem de lidar com o amadurecimento de Maya. Me arrisco a dizer que qualquer um que não tenha se emocionado com sua dor neste episódio, provavelmente é uma pessoa muito insensível.
Mas se o assunto é a máscara que utilizamos para esconder nossas dores, Violet ganha um prêmio como batalhadora do ano, pois conseguir lidar com seu trauma como ela vem fazendo é atitude para soldado nenhum colocar defeito. Fiquei feliz ao ver que no final, Shonda Rhimes tenha conseguido a façanha de Violet não ser vista com maus olhos por Nathan (o homem que perdeu a esposa para o câncer). A dor do luto Violet vinha sentindo estava precisando de alguém que compreendesse seu sofrimento. Agora é esperar que depois desse desabafo ela possa tentar reconquistar o amor de seu Lucas.
Por último, comento brevemente deste DR (Discussão de Relacionamento) infinita que vem ocorrendo entre Charlotte e Coop. O cara está errado de tantas maneiras que seria absurdamente miraculoso eu listar aqui sem gastar no mínimo umas 200 linhas. A Rainha de Gelo desistiu de tanto pelo amor dela por Coop e ainda assim é nítido como vemos o sentimento de culpa que a assola. Foi o próprio apartamento, o status que possuía na Pacific Wellcare e até mesmo foi capaz de mudar um pouco sua personalidade.
Com tantos temas excelentemente elaborados, a trama de Dell se tornou ridículo e desconexa do ritmo do episódio. Mesmo que me crucifiquem, digo que não compreendo sua inclusão no corpo de médicos; ainda o vejo como o garoto assistente da portaria e creio que suas tramas seriam melhor aproveitadas se lá estivesse.
Espetacular seria pouco para descrever a qualidade em que se encontra esta terceira temporada de Private Practice; sua identidade se mostra, por vezes, mais madura que sua predecessora, como já disse antes. Não compreendo, no entanto, como pode haver tantas críticas negativas a este spin-off.

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