26 de jan. de 2010

Private Practice - 3x11 - Another Second Chance

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Shonda Rhimes prova a cada episódio que é capaz de operar milagres ao elevar cada vez mais o nível de sua série caçula. Com crossover ou sem, a temporada vem superando toda e qualquer expectativa que pudéssemos ter a seu respeito quando surgiram os primeiros boatos de um spin-oof (série derivada) de Grey’s Anatomy.

Em Another Second Chance Mark deixa Seatle junto com sua filha para ir atrás de Addie e pedir para que ela finalize o procedimento que deu início no último episódio de Grey’s. E é exatamente com este plot da descoberta de uma filha e a revelação de que a mesma está grávida que Eric Dane vem mostrando sua veia dramática que nunca tivemos o prazer de presenciar. Obviamente que sua atuação não está a altura de seus colegas, mas ao menos não faz feio como vemos em milhares de produções.

Ainda que eu tenha achado a situação do sexo anti-estresse um tanto quanto divertido e constrangedor, além de necessário como alívio cômico, me pergunto se será de alguma valia retrocedermos no desenvolvimento emocional de Mark e Addie que lidaram muito bem com o famoso “seguir em frente”.

Mas se Addie e Mark se esforçaram em relembrar os tempos áureos, Nai e Dell se esforçam para lidar com suas respectivas filhas depois de todo o drama que envolveu a morte de Betsy e a briga de Maya com sua mãe.

Dell é um personagem que não me desce e não compreendo desde que insistiram em lhe dar destaque ao nível dos demais do elenco. Já Nai, aos poucos vem desenvolvendo uma trama interessantíssima nesta temporada com o amadurecimento de sua filha e o novo cargo na Pacific Wellcare. É uma pena que todo este esforço provavelmente será desconsiderado em premiações; e creio eu que por puro preconceito às spin-off’s.

Agora se o que você procura é a verdadeira tensão que se pode viver em um relacionamento, foque-se no caminho que Charlotte e Coop vem trilhando. As discussões se tornam cada vez mais críveis e com palavras dolorosas de se dizer e escutar. Se muitos vem achando entediante o contínuo desentendimento do casal, eu, no entanto, venho achando bastante complexo.

Aos que se questionam a ausência de críticas aos casos médicos, insisto em dizer que me orgulho da série ao trazer o “luto” para o debate. Ver Violet e Coop intervindo, cada um a sua maneira, na vida de um dos pacientes pediátricos da clínica foi mais do que apelativo (no bom sentido). Me emocionei bastante exatamente por Shonda Rhimes ter permitido que tomássemos posse do sofrimento daquela mãe.

Por outro lado, o croosover event, foi mais do que broxante ao nos apresentar uma atriz muito fraca para o calibre do show e uma trama dispensável para tal momento. Me parece que a ABC vem se esquecendo que o elemento crossover deveria servir para eventos grandiosos e não como uma desculpa para a troca de cenário dos atores.

Em uma análise geral, Another Second Chance se fez valer única e exclusivamente por aqueles que estão em casa e não pela visita de desconhecidos advindos de um ambiente onde a palavra “família” não parece ter a mesma importância.

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