“I don’t lost focus”. É neste espírito que Human Target precisa continuar para conquistar outros seguidores ao longo dos próximos episódios. Mas antes de tecer qualquer comentário a respeito desta estréia explosiva, faz-se necessário apresentarmos as raízes desta estória que, diferente do que muitos podem pensar, não surge como uma idéia original e contemporânea.
Human Target é baseada em uma graphic novel homônima da DC Comics escrita por Peter Milligan, contendo quatro volumes lançados, os quais trazem a história de Christopher Chance (Mark Valley de Boston Legal e Fringe), personagem criado originalmente em 1972 por Len Wein e Carmine Infantino. Chance é um guarda-costas privado que se diferencia do convencional uma vez que não só protege seus clientes, mas assume seus lugares como “alvo humano”.
Temos agora, Jonathan E. Steinberg, da finada e polêmica série Jericho, no comando do show como roteirista desta nova adaptação. Digo nova porque Human Target, para a surpresa de alguns, teve outra adaptação televisiva em 1992, com míseros 7 episódios.
Mas deixando as informações técnicas de lado e já tendo familiarizado parte dos leitores, caminhemos logo para a discussão do resultado obtido com a apresentação deste episódio piloto.
Não sei os demais viciados em séries, mas Human Target me fisgou de jeito em sua estréia. Mark Valley está impecável no papel de Chance e ao lado de Chi Mcbride (Pushing Daisies) nos presenteia com uma química satisfatória. Como todo bom infiltrado/detetive, Chance conta com a ajuda do inescrupuloso Guerrero, excepcionalmente interpretado por Jackie Earle Haley (ganhador do Oscar por Pecados Íntimos).
Winston (McBride) é aquele que servirá de consciência para seu parceiro Chance ao longo de sua jornada, mas por outro lado, odeia a parceria com Guerrero, um indivíduo de caráter duvidável, que de cara se mostra convincente, cativante e perfeito em conquistar os espectadores que não poderiam ter ninguém melhor que Haley para interpretar.
A trama deste episódio piloto, ao meu ver, não funcionou como ponto de surpresa, já que fica explícito a inveja do marido desde o momento da contratação de Chance, mas isso não é ponto negativo, pois só nos fez ansiar mais por respostas em como Chris lidaria com a ameaça. A presença magnífica de Tricia Helfer (a Número 6 de Battlestar Galactica) e a ponta Danny Glover (da franquia Máquina Mortífera) neste episódio piloto, foram estratégias que funcionaram perfeitamente para conquistar o público (lê-se “me conquistar”).
Valley, por sua vez, me impressionou bastante sendo o tipo de personagem que ao mesmo tempo que serve para protagonizar as melhores cenas de luta vistas nos últimos anos, também é excelente como alívio cômico da série ao lado de Winston. Aliás, ação é algo que os espectadores não poderão reclamar; a única cena em que Chance entra em ação, propriamente dita, só pode ser descrita de uma forma: impecável. Os coreógrafos realizam um trabalho espetacular ao nos mostrar cenas mais do que críveis e que me fizeram sentir saudades de Sidney Bristow em Alias.
Devido ao ritmo frenético e empolgante do episódio, não pude prestar mais atenção à trilha sonora, fator este que sempre levo em consideração nas reviews de episódios pilotos.
Resumindo, Human Target é tudo o que eu precisava como nova série de ação. O carisma de Mark Valley é nítido e expressa convicção em cada tomada; Chance ganha vida e invade a tela. Mas se me é permitido tomar partes logo de cara, digo que Guerrero é de longe o meu personagem favorito desta série, podendo tranquilamente assumir o posto de outros personagens “bad ass” queridos para mim como a já citada Sidney Bristow.
Com inúmeros acertos, minha única crítica vai para as tramas soltas, as quais espero que futuramente não sigam o mesmo nível de previsibilidade. Ainda que possua personagens bem trabalhados e uma produção e edição bastante agradáveis; afinal, são as estórias a serem contadas que determinarão o sucesso desta nova tentativa de adaptação de Human Target.
Gostei bastante do piloto.
ResponderExcluirA participação do Jackie Earle Haley foi uma surpresa muito agradavél.
Dois pontos que pegaram pra mim:
A cena da luta: começou muito bem no duto de ar, mas deu uma escorregada depois que o duto caiu e eles foram pro "chão". Claro que a cena não foi péssima (depois de ter visto aquela lutinha vagabunda da Echo contra a Whiskey no 2x12 de Dollhouse, tô achando que até eu tô lutando bem hauaha), mas faltou um pouco de coreagrafia.
Segundo ponto: porque raios tem alguns diretores/roteiristas que não sabem quando encerrar um episódio/filme. Precisava daquela ceninha final no carro?
Pô, senti saudade de Alias também (até pq a Stephanie lembra pra caramba a Jennifer Garner).
Resumindo: eu confesso que não tenho o costume de acompanhar séries desde o ínicio e espero os burburinhos até começar a ver (tanto que só fui prestar atenção em Good Wife quando estava saindo o 10° episódio). Human Target me preocupa porque pode se tornar uma série de casos individuais sem um grande pano de fundo, sem aquela história que empolga e faz querer ver o próximo episódio.
Enfim, é esperar pra ver.
Vini compartilho de sua opinião quanto à preocupação de Human taregt não possuir um pano de fundo. Acho que por esse motivo não consegui me apegar a CSI, e séries do tipo.
ResponderExcluirQto a coreografia, confesso que gostei bastante. Não compartilho neste ponto com a sua opinião de que a luta tenha sido aleatória depois que caíram do duto.
Acredito que tenha sido irreal a pressão do ar não ter sugado os dois para fora, mas com exceção a isso, acho que a luta foi bastante interessante. Mas confesso que aluta no duto de ar foi de uma excelência sem tamanho.