21 de dez. de 2009

Misfits - 1x05 - Episódio 5

Finalmente tive o prazer de ver um episódio focado único e exclusivamente na trama de Simon; de longe meu personagem favorito de toda a série. Desde o princípio Simon vinha prometendo ser o melhor da série, pois a carga dramática do ator, assim como as possibilidades de storylines a serem trabalhadas eram vastas demais. Ainda que Nathan e Curtis tenham tido um pouco de suas estórias contadas, é impossível fecharmos os olhos para a grandiosidade da trama do garoto tímido.

Sempre com ótimas escolhas como Adele no episódio passado e Damien Rice neste quinto, Misfits se torna impecável até mesmo em sua trilha sonora, que embala tanto os momentos mais agitados quanto os mais dramáticos, fazendo do programa um dos meus favoritos ultimamente (ao lado de várias este ano, já que esta temporada tem nos rendido dezenas de boas surpresas).

Não é segredo para ninguém que me conhece a minha paixão por trilha sonora e talvez por isso ela tenha me marcado tantos neste e no episódio passado. Mas com as devidas considerações feitas nesta área, é hora de partirmos para as tramas trabalhadas.

Primeiramente gostaria de falar um pouco sobre Nathan e seu ausente poder mais uma vez. Ou eu sou muito ingênuo, ou os roteiristas foram brilhantes ao nos enganar com a possibilidade de descoberta dos poderes do Perv Boy quando ele começou a escutar o bebê. Tudo bem, talvez eu tenha sido um pouco ingênuo em pensar que seu poder seria bastante semelhante ao de Kelly; mas confesso que se a freak girl não tivesse intervindo, eu teria caído direitinho na distração dos roteiristas. Por fim, tudo não passou de mais um indivíduo (ainda que em versão mini) com efeitos colaterais da tempestade.

Curtis, por sua vez, teve a chance de trabalhar com sua habilidade de diversas formas e se desta vez ele não conseguiu compreender o funcionamento do seu poder, juro que vou mandar uma carta bomba para os sets de filmagem. Ficou bem claro que ele precisa interpretar melhor o que as realidades alternativas tentam mostrar-lhe como elemento decisivo que influencia o futuro. Até o Nathan conseguiu se sair melhor com o poder; e olha que ele nem teve a chance de testá-lo.

Mas a grande estrela do episódio foi sem dúvida Simon. Por mais que eu discorde de terem mostrado a supervisora agindo como uma coitada (seria melhor manter o mistério de que ela pudesse ser vingativa e perigosa), foi interessante ver que ela é um ser humano sensível e que apenas estava agindo em busca da verdade; tanto que ela poderia muito bem ter descoberto a verdade, ficar quieta por um tempo e depois denunciar Simon.

Ainda bem que ela não o fez, pois assim nos permitiu conhecer o mostro que vive dentro do garoto. Meu interesse pelo personagem Simon sempre foi, na verdade, a ânsia em vê-lo raivoso e usando seus poderes para um embate. Quem não gostou dele estourando as lâmpadas e colocando Sally em seu lugar. Por mais que não seja correto bater em uma mulher ou fazer tudo o que ele fez, acredito que ela mereceu cada puxão de cabelo, tapa e rasteira que levou do Invisible Boy.

De todos os personagens, Simon e Nathan foram os mais privilegiados em profundidade em seus respectivos plots. Não é à toa que se tornaram meus atores e personagens favoritos nesta série, que muito me surpreendeu.

Com dois supervisores mortos agora, acredito que ficará bem difícil para o grupo, manter seus poderes abaixo do radar, assim como toda a verdade que eles escondem. Isso sem contar que Simon não revelou esta baixa para o resto daqueles que ele julga tão amigos. Pela primeira vez eu assisti o "No próximo episódio" (que sempre aparece ao fim de cada episódio) e gostei muito do que vi.

Misfits definitivamente tem um roteiro muito bem elaborado e atuações mais do que convincentes. Os poderes não necessitam de muitos efeitos especiais e ao invés disso se tornar um defeito da série, acaba deixando-a mais séria e menos caricatural. Os acertos se iniciam no cenário, passam por uma trilha sonora cheia de nuances perfeitas e ainda contam com um trabalho de iluminação, que apesar de bizarro e grotesco, me encanta cada vez mais e dá o tom sombrio exato que a série precisa.

Minhas considerações são essas e agora é aguardar a season finale da série, lembrando que a segunda temporada já foi encomendada, ou seja, não foi só a mim que Misfits conquistou.

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