Data comemorativas são excelentes por si só, com um pouco de suspense fica melhor ainda. Seguindo a fórmula desta temporada, tivemos novamente poucos enfoques, mas muito bem trabalhados. Lauren, Noah e Claire se reúnem para um jantar de Ação de Graças tradicional; Lydia convence Hiro a ajudá-la a descobrir o que aconteceu de verdade com Joseph (irmão de Sam); e Angela continua se esforçando para convencer a consciência de seu filho e a si própria de que Nathan continua vivo de alguma forma.
Família Dó, Ré, Mi (dói ver Noah perdido, récuso-me a acreditar, milhora essa trama)
Por incrível que pareça o incrível Tim Kring conseguiu tornar um dos melhores personagens da 1ª temporada da série, em um dos mais perdidos personagens na história da tv americana; somente o tom cômico consegue ser relevante nele, sendo que nem é este foco que a série nem o personagem tem de nos apresentar. Obviamente que estamos falando de Noah Bennet. Essa trama dele com Lauren está completamente sem pé nem cabeça e estou muito desacreditado de que a presença dela será explicada de forma satisfatória, tendo em vista que até agora não tivemos nem sequer uma pista.
Por outro lado, Claire teve uma participação importantíssima e novamente voltou a se comportar, satisfatoriamente, uma adolescente problemática com crise se identidade. Todo seu ataque histérico, seguido da demonstração de sua imortalidade para o coitado do Doug valeram a participação da loirinha no episódio. Somando isso ao retorno de Gretchen e o desejo de conhecer melhor a proposta que Sam lhe ofertou, fez novamente a jovem ter um papel relevante na trama principal da série, que vem girando em torno do circo de aberrações dos irmãos Sullivan.
Mulher-Gibi e o japa com dificuldades de decorar nomes
Primeiramente quero demonstrar minha indignação ao fato dos roteiristas fazerem de Hiro um personagem desmemoriado que nem consegue decorar os nomes das pessoas com quem convive; é mulher tatuada, homem borboleta, homem voador, e por aí vai.
Mas voltando ao foco, fiquei contente de ver Hiro usando seus poderes para ajudar Lydia a descobrir a verdade por trás do assassinato de Joseph. Só que ainda não compreendi tamanha idolatria por este irmão do Sam; ele parece ser tão fraco e inútil. Pelo menos pudemos ter a certeza absoluta de que foi Sam quem assassinou Joseph, e tudo isso pela ganância de alcançar seu potencial máxima e tornar-se um indivíduo extremamente forte. É bem típico dos quadrinhos este tipo de pensamento, e em Heroes conseguiram adaptar bem esse “Complexo de Cérebro” (Eu vou dominar o mundo).
“Retorno Brilhante de uma Mente com Lembranças”
Obviamente que tudo começaria com uma boa conversa entre a família Petrelli, considerando que a storyline envolvendo a personalidade aprisionada de Sylar vem sendo uma boa surpresa este ano. Após descobrir sobre seu assassinato era de imaginarmos que Nathan questionasse as decisões de Angela, porque se analisarmos, sua atitude não foi nada mais do que egoísta; ela não pensou em toda a dor que causaria a seu próprio filho e nem sequer levou em consideração que aprisionar Sylar daquela forma poderia deixá-lo furioso, ou nas palavras dele próprio, “faminto”.
O show pirotécnico pode ter sido exagerado, mas agradeço, afinal estamos falando de uma série com indivíduos extraordinários, então nada mais justo do que uma cena que faça jus ao estilo que rotula o programa.
Mesmo que por pouco tempo, tivemos o prazer de ver a personalidade de Sylar voltando ao seu corpo verdadeiro. Na trama mais interessante deste episódio, tivemos maravilhosas atuações, um suspense que há tempo vínhamos esperando desde o fim da temporada passado, e uma fuga que nos promete bastante para o próximo episódio.
De tudo isso, só posso lamentar por ter me iludido em pensar que Peter havia absorvido o poder de empatia de Sylar, pois se o tivesse, não teria sofrido tanto e nem seria obrigado a ver sua mãe tendo um beijo roubado de Gabriel. Confesso que achei uma das melhores cenas de Heroes até o momento; não sei pela ironia em brincar com o Complexo de Édipo, afinal Angela já se passou por mãe de Gabriel; ou pelo comportamento psicótico ligando a fome que havia dito sentir, junto com o beijo da morte que deu em Mama Petrelli.
Mesmo com saudades de Emma Thanksgiving foi maravilhoso. Tenho que assumir minha eterna paixão por esta série que, mesmo que tenha se perdido bastante ao longo do caminho, teve forças para se levantar e apresentar storylines estáveis e intrigantes. Agora basta nos perguntarmos se Claire também se juntará à trupe de Sam; se Hiro conseguirá recuperar Charlie; se Sam pagará devidamente por seus crimes e se Nathan terá uma despedida à altura do ator que tanto se esforçou e mostrou-nos um grande resultado nesta 4ª temporada.
Aproveitando o clima de Ação de Graças, posso dizer que sou grato por ter tido forças para chegar tão longe com Heroes.
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