4 de nov. de 2009

V - 1x01 - Pilot (Season Premiere)

Estão se armando com a mais poderosa arma existente: a devoção”. “Somos pacíficos. Sempre”. É neste clima religioso-político que V apresente seu piloto com uma trama consistente, inteligente e inesperada, revelando ser uma série com potencial (como muitos imaginávamos) e trabalhando com uma ótica  dramática em detrimento de cenas de ação e suspense vazias e sem compromisso com o desenvolvimento de toda a história.

Muitos série maníacos estavam agoniados pela estréia de V, aguardando um episódio piloto repleto de ação, mistério e sensacionalismo, mas o que nos entregaram foi um episódio bem estruturado, focado no desenvolvimento dos personagens para que entendêssemos a posição de cada um em relação a chegada dos visitors. Posso me enganar a princípio (e espero que não), mas V pode vir a cumprir como “a promessa” que certa série de flashes não pôde.

Elizabeth Mitchel estava impecável no papel de mãe de um adolescente e agente do FBI; fiquei feliz em vê-la como protagonista da série, uma vez que já carrega certa bagagem que envolve acontecimentos misteriosos e a necessidade de portar uma arma. Seu instinto maternal também foi em Lost e contribuiu muito aqui. Definitivamente ela sabe se posicionar com uma arma e tomar a frente, liderando situações ameaçadoras. Faço comentários a respeito disso, pois acho extremamente incômodo quando veja atrizes agindo como bad ass em uma casca frágil e com uma atuação sofrível, o que não é o caso de Mitchel.

Joel Gretsch é outro ator que carrega uma bagagem imensa que com certeza irá contribuir para o desenvolvimento de seu personagem Padre Jack Landry; séries como Taken e The 4400 abordaram temas da mesma esfera de V e contaram a presença de Gretsch, tornando-o um ator privilegiado em meio a todo o elenco.

Anna definitivamente foi uma das personagens mais interessantes deste episódio, mostrando segurança e sabedoria em suas atitudes; ambos os momentos que marcaram estes pontos [segurança e sabedoria] se deram nos encontros da V com o âncora Chad Decker. No primeiro Anna estava cercada pelo público e todas as suas atitudes foram pensadas; sua resposta bem humorada à provocação de Chad fez com que os demais repórteres presentes a vissem como uma “pessoa” pacífica; mas em seu segundo encontro com o repórter (durante a reportagem) tudo mudou e ele pôde presenciar o tom autoritário da outsider que de forma muito segura (na certeza de que Chad não daria para trás) ameaçou e ditou o comportamento do entrevistador.

Pudemos perceber também que Anna é apenas uma faixada para os verdadeiros comandantes-chefes dos Visitors. Aquele homem que a acompanha sempre aparenta ser seu superior e isso só é reforçado quando ele explica a Decker que ele será como um porta-voz dos extra-terrestres. Não podemos, então, afirmar que Anna esteja do lado do mal, pois como descobrimos, há rebeldes/desertores no grupo dos alienígenas.

Confesso que nem por um instante me passou pela cabeça que Ryan pudesse ser um dos visitors, mesmo com seu comportamento misterioso diante das investidas de Georgie. Por outro lado, em momento algum, Dale Maddox me enganou no papel de bom moço, amigo e parceiro de Erica. Talvez isso seja culpa de sua excelente participação como o psicopata Alpha em Dollhouse. Aliás, se Tudyk realizar um trabalho tão bom quanto em seus anteriores (Dollhouse e Morte no Funeral), podemos aguardar ótimas surpresas e interações entre ele e Erica, afinal de contas, ele quem estava traindo e atrasando o andamento da investigação da agente Evans. O nome de Tudyk ainda consta nos créditos da série, então isso me fez imaginar: “o que é preciso fazer para matara estes visitors?”.

V teve uma apresentação excelente e conseguiu superar as expectativas sobre sua estréia; coisa que Flashforward não fez, já que todos esperávamos aquele nível que nos foi entregue (e não que o piloto não tenha sido bom; mas é que a série está se perdendo, em minha opinião). Estou ansioso pelos próximos episódios, nos quais veremos Tyler e sua mãe lutando em lados opostos; assim como os padres que possuem visões diferentes destes “visitantes” [permanentes].

A série tem um potencial gigantesco e isso não podemos negar; basta que ela não se perca no caminho e seu sucesso poderá se manter alto, assim como os números da audiência em sua season premiere (13,9 milhões).

Observações:

- Melhor cena: invasão dos visitors na “Reunião”

6 comentários:

  1. nossa td q eu ia dizer vc ja disse, entao, o q posso adicionar? um otimo episodio, com efeitos visuais perfeitos, uma estoria empolgante, elenco de 1º, o q +? acho q unica coisa q vc nao falou foi a atriz q fez a Kara em Smallville, acho q nao sobrou espaco a ela ne no seu comentario! vamos acompanhar os proximos eps pra ver se se mantem nesse nivel ou como a trama vai se desenvolver! tem potencial! sds!

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  2. Miti, eu até pensei em comentar sobre a Laura Vandervoort, mas não o fiz pq sua participação foi tão minúscula que nem vi necessidade de citá-la no momento. Assim como tbm não achei interessante falar do tom cômico do amigo do Tyler. Não vi mais ninguém engraçado na séria... e até onde eu sei, qualquer drama sempre tem uma piada ou outra às vezes. Tem que ter um personagem mais leve...

    Só espero de coração que a atriz possa cumprir com seu papel de drama, melhor do que o fez em Smallville... pq aquela atuação era sofrível. É exatamente o exemplo que usei sobre Lizzie Mitchel... pegaram uma garota sweet e tentaram fazer dela uma bad ass

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  3. Ótima Review!

    Após o fiasco de Flash Forward, V me surpreendeu!!!
    A trama foi certeira, redonda ... tivemos mudanças no perfil de alguns personagens logo no piloto.
    O enredo foi contínuo e não teve quebra em nenhum momento, tivemos clímax, interpretações que ficaram marcadas...

    E o melhor foi o Rio de Janeiro estar presente, com direito a mensagem em português! AMEI!!!

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  4. O piloto foi fantástico. Como vc bem disso foi tudo mto bem estruturado de uma maneira que ficou bem clara a visão de cada um sobre os visitantes.

    Nem passou pela minha cabeça que o Ryan e o outro lá fossem um dos visitantes, me surpreendi.

    Espero realmente que a série continue nos brindando com episódios tão bons como foi esse piloto.

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  5. ah sim... eu meio q imaginei... em Smallville ela era light vai... so espero q nessa serie ela melhore!!! eu curti muito a Anna, totalmente diplomata, superior, bad ass... O carinha do Funeral tbem, pena q talvez tenha morrido, vai saber ne? bom vamos aguardar... hehehehe... sds!!!

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  6. Ayeska, muito obrigado pelo elogio e tbm pelo seu comentário e realmente ter o Rio de Janeiro representado foi bastante interessante. Pense que só mostoru se eu não me engano, apesar 6 cidades, e do mundo todo o Brasil ser escolhido, foi maravilhoso; um orgulho sem igual.

    Lidi obrigado pela sua participação tbm. Fiquei preocupado se só eu fui inocente o suficiente para não desconfiar do Ryan, sabia? Fiquei apreenssivo e preocupado de eu ter sido mto ingênuo. Ainda bem que vc tbm não reconheceu.

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