3 de nov. de 2009

Heroes - 4x08 - Once Upon A Time In Texas

Hiro volta ao passado e nos traz o brilho que havia no início da série.

Hiro, o mestre do tempo e espaço, consegue fazer de Once Upon a  Time In Texas um espetáculo sem igual, carregando todo o episódio nas costas sozinho, e ainda consegue nos fazer lembrar o motivo de termos nos apaixonado pela série em sua 1ª temporada.

Já questionei isso muitas vezes e o farei novamente, acredito que o personagem de Masi Oka tem um potencial gigantesco a ser trabalho; o ator é bom, consegue transmitir muita emoção e ao mesmo tempo é capaz de nos fazer rir bastante; o grande problema, acredito eu, é a presença de Ando como seu companheiro, que sempre o torno ainda mais infantil fazendo com que nós, telespectadores, não o levemos a sério.A princípio vemos uma piada, mas com o excesso enxergamos apenas o ridículo.

O mestre do tempo e espaço retorno três anos na história (ou seja, na 1ª temporada) e volta a ser aquele personagem destemido que conhecemos no início da série e que sempre enfrentava seus problemas independente das consequências advindas de suas decisões. Obviamente, a presente de Samuel contribui muito para que a trama de Once Upon A Time funcionasse, caso contrário, Hiro teria, mais uma vez, se preocupado única e exclusivamente com um fator da situação, sem considerar as mudanças causadas com a alteração da história.

Ao longo das últimas duas temporadas, o personagem de Masi OKa veio se tornando chato, enfadonho, com uma fórmula desgastada com o tempo e com tramas extremamente mal exploradas, diante das possibilidades inúmeras. Nos momentos em que Hiro e Ando seguem caminhos diferentes (separados), aparentemente, o ritmo da série melhora. Pode até ser implicância, mas continuo acreditando que este seja a grande problemática no desenvolvimento de ambos os personagens.

A sacada em colocar o personagem de Robert Kneeper neste Volume 5 talvez funcione melhor do que imaginávamos a princípio. Sua presença tem mexido com a cabeça dos demais personagens e estes estão ficando confusos o suficiente para deixarem de agir segundo suas crenças; estão dando razão à verdade de Samuel Sullivan. Ele já plantou a semente da dúvida em Tracy ao fazê-la se sentir culpada pela morte de Jeremy; alguns episódios atrás, vimos ele convencendo Hiro a voltar no passado para consertar os seus próprios erros e era óbvio que ele não deixaria nosso herói oriental completamente sozinho; usou as últimas forças de um membro da sua “família” para voltar no tempo junto com Hiro e assim poder manipulá-lo a vontade, já que o coitado quase sempre não consegue enxergar todos os aspectos envolvidos na alteração de pequenos detalhes.

O que vem ocorrendo literalmente é a parceria de Sam com algum outro personagem do elenco fixo e ao menos para mim, isso vem funcionando de forma magnífica nesta temporada.

Com a volta ao passado, finalmente pudemos matar a vontade de ver Sylar do jeitinho que ele deve ser e foi agradável vê-lo sendo aquele verme egoísta, manipulador e sem escrúpulos que age apenas para saciar seus desejos e sonhos. Mas como estamos falando de Heroes sempre há um detalhe aqui e ali que não funciona direito.

Uma das falhas foi a revelação do futuro que Hiro havia prometido entregar a Sylar. Quem, em sã consciência, que conheça a história do vilão, acreditaria que o próprio aceitaria uma resposta vazia como a que obteve do viajante do tempo? Acredito que muitos devam ter se decepcionado quando a única resposta dada foi: “você vai morrer sozinho”. Nem mesmo Zac Quinto pôde expressar alguma reação; o ator e o personagem ficaram estáticos e fiquei me perguntando: “o que significa esta expressão no rosto do Sylar?”. Esforçando-me muito posso até imaginar que ele tenha ficado um pouco chateado em saber disso, mas nada demais.

Mas de todos os erros que poderiam ter cometido, o pior foi ver o que aconteceu com Noah Bennet. Quem era aquela mulher e que diferença ela fez na história e na mitologia da série? Nenhuma… simplesmente nenhuma; e isso me deixou indignado. Nem há a necessidade de tecer comentários a respeito, porque simplesmente não há o que se observar ou debater nesta trama; nem para mostrar que o cara era infiel a passagem não serviu.

Once Upon A Time In Texas trouxe um dos personagens mais queridos da série de volta e adicionou a participação da sempre talentosa Jayma Mays, no papel de Charlie (que havia morrido nas mãos de Sylar na 1ª temporada). Sua presença abrilhantou ainda mais o episódio, mas infelizmente sua trama não teve um fim muito satisfatório para os românticos de plantão; após tanto esforço para salvá-la, Hiro a perde para Sam, que agora a usa como um motivo para chantageá-lo.

A grande pergunta que ficou definitivamente agradou milhares de fãs da série ao ver um determinado personagem morto; seu desaparecimento era uma incógnita até o momento e esperemos que a cena que presenciamos tenha realmente sido o fim do personagem. O que ficou martelando em minha cabeça foi a razão “dele” estar “apagado” no chão: está apenas desacordado ou Sam o matou? E qual a relação entre a morte do irmão de Sam e esta última cena?

Posso até estar viajando, mas penso vagamente na possibilidade do “você sabe bem” ser o tal irmão de que Sam tanto fala; afinal de contas, todos que “vivem” no circo fazem parte da família, não é mesmo?

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