A série melhorou muito este ano e não me cansarei de dizer isto enquanto for uma verdade. Esta abordagem de Kring em manter o foco em apenas três tramas por episódio está fazendo com que todos os personagens evoluam e ao mesmo tempo está conseguindo organizar melhor o futuro da série, que ao longo das duas temporadas passadas se perdeu. O trio da vez foi Claire/Bennet, Peter/Emma e Sylar/Parkman.
Claire e Noah Bennet
De que lado ficar? Ao lado do pai por ser a pessoa que a criou, educou e a protegeu esses anos todos para que não se tornasse vítima nas atitudes dele próprio? Ou ao lado de Samuel por compreender e aceitar quem ela é, dando-lhe a oportunidade de ser ela autêntica, sem precisar ficar se escondendo ou fingindo o tempo todo? Definitivamente esse é o grande foco nesta temporada quando o assunto é Claire Bennet. Os interesses de Samuel na garota ainda não ficaram muito claros, mas imagino que suas intenções são as mesmas de Magneto - eliminar os ordinários para que o mundo se torne extraordinário. Apesar dessa estória já ter sido usado exaustivamente ao longos dos últimos anos, nunca é demais termos um louco com complexo de “Cérebro” (Eu quero dominar o mundo). Robert Kneeper está reaizando um trabalho maravilhoso com o simpático e aparente confiável Samuel Sullivan.
A relação de Bennet com sua filha, por outro lado, não me parece bem das pernas, já que a contragosto da menina o pai reagiu e quase atirou em sua “amiga” Becky. Nesta temporada, Noah vem deixando de ser interessante, talvez pelo excesso cenas ao lado de Claire, talvez pela extinção da companhia, mas espero realmente que ele volte a ser enigmático, imprevisível e intenso, como nos anos anteriores.
Peter Petrelli e Emma
Como já estamos começando a nos acostumar, as participações dessa dupla têm se tornado o lado sensível da série, já que Peter vem ajudando Emma a superar seus medos, traumas e fantasmas. A mulher era uma excelente médica, segundo sua amiga (em uma conversa que vimos alguns episódios atrás), mas só agora presenciamos esse talento. E em se tratando de habilidade com o ramo da cura, Peter vem usando seu novo poder (de cura) em excesso, deixando-o esgotado. O que me deixa confuso é que ele também usava bastante ou até mais da hyper velocidade e da anomalia do Mohinder e nunca ficou esgotado como aconteceu neste episódio. Mais um furo no roteiro, o motivo para isso será explicado adiante, ou Peter está com o mesmo problema de Hiro por usar demais seus poderes (lembrando que os dois usam suas habilidades constantemente, diferente dos demais personagens).
Meu medo na trama dos dois é que Kring transforme esta linda amizade em um romance. A intimidade e proximidade de Peter e Emma é encantador, mas apenas como amigos.
Gabriel Sylar e Matt Parkman
Esse jogo de gato e rato entre Sylar e Parkman pode enjoar algumas pessoas, mas eu estou mais do que satisfeito com a parceria destes dois na tela. Parkman ficou muito mais interessante e bem menos ridículo que o de costume. Fico me perguntando até que ponto foi interessante Gabriel ter assumido o físico de Matt, já que agora ele praticamente se torna uma marionete sob os poderes do telepata. Nosso colecionador de poderes só está se dando bem até agora porque o ex-policial não domina seus poderes como seu pai, caso contrário a conversa seria completamente diferente.
Infelizmente eu agradeço por Parkman não ser habilidoso como seu pai na telepatia; e ainda que fosse, Sylar seria capaz de arranjar uma escapatória como a que fez desta vez ao chantagear Matt de que usaria o corpo do ex-policial para assassinar pessoas. Uma idéia brilhante e deliciosamente sangrenta (desculpem se deixei transparecer meu lado sociopata).
Agora minha grande surpresa foi ver Matt/Gabriel ser alvejado pelos policiais. Eu realmente não esperava essa atitude corajosa e altruísta vinda de Parkman, um recém descoberto pai, marido fiel e dedicado e acima de tudo, um grande amigo (até lembrei de seu romance com o Mohinder no passado, brincando de casinha com Molly). Minha preocupação é que Kring ressuscite Parkman, comente para não perder Sylar, já que ambos estão intimamente ligados no momento. Gabriel é um hospedeiro e sua fonte de energia esvair-se, adeus vidinha.
Acho pouco provável a morte de Parkman, pois ele é o único capaz de colocar Sylar de volta a seu corpo e também porque um telepata sempre é presença obrigatória em qualquer história sobre poderes que se preze.
Heroes está crescendo de forma incontrolável esta temporada e isso me deixa muito feliz, pois vem acalmando a ira daqueles que há tempos desejam seu cancelamento. Acredito que agora seja a hora de Heroes se reerguer das cinzas e mostrar que não é apenas um show de pirofagia.
Vamos especular.
Será que Gretchen foi embora de vez mesmo?
Quando foi revelado o nome do haitiano? (furo do roteiro ou apenas uma distração minha?)
Peter terá um romance com Emma?
Qual a relevância de Emma voltar a ser uma médica na série?
Matt Parkman realmente morreu?
PS.1: O suspense está excelente e me mordo de raiva por não ter uma dica de como será aplicado os poderes de Emma em uma batalha.
PS.2: Como assim o Sylar verdadeiro fugiu da redoma de Samuel?
PS.3: Podemos prever um adeus a Nathan até o 4x13, ou deixarão para reprisar a Season Finale da 3ª temporada?
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