“I’m gaining ground and I can make you do whatever I want”(Eu estou ganhando terreno e posso fazer você fazer o que eu quiser).
É neste ritmo que a série vem se estabilizando nesta quarta temporada; mostrando como abordar apenas alguns personagens por episódio. Se nas temporadas anteriores tínhamos a abordagens de várias tramas em um mesmo episódio, nesta quarta, a escolha está sendo mais cautelosa, buscando um link que una as tramas exibidas.
Em Strange Attractors tivemos três abordagens.
Claire, Gretchen e Rebecca ficaram com a trama mais leve do episódio, mas nem por isso, desvencilhada das outras duas. Claire jamais conseguirá ser livre e viver uma vida normal e agora com o surgimento de Samuel Sullivan em busca de mais “parentes” para sua estranha família, isso se tornou mais difícil.
Todo aquele cenário de filme de terror B foi nostalgia pura e em momento algum causou o que pretendia; no máximo uma surpresa aqui e ali, mas nada de sustos. A meu ver, ficou claro que Tim Kring quis transformar a vida de Claire no novo “Pânico”; idéia péssima. O que manteve meu interesse por Claire foi só o relacioanmento dela com Gretchen; a ex-líder de torcida está confusa e acredito que a abordagem feita foi interessante, pois muitas pessoas quando vivenciam uma experiência desse tipo ao acaso, acabam se questionando a respeito de seus reais desejos.
A segunda abordagem realizada neste episódio envolveu Tracy, Noah, Jeremy e Sam; e talvez tenha sido a mais densa das tramas apresentadas. Quando Noah pediu ajuda, jurei que ele o fazia para o haitiano (como é de costume); ainda estou incrédulo quanto à escolha. No fim, a presença de Tracy nem foi válida; ela ainda é muito inexperiente neste lance de agente (um deles + um nosso) e definitivamente, mesmo depois da rasteira do Danko, continua inocente frente a manipulações maquiavélicas (nossa, há quanto tempo eu não usava esta palavra!).
A morte de Jeremy foi cruel sim e Tim Kring perdeu a oportunidade de explorar uma cena que poderia trazer uma carga dramática maior para a série (basta lembrar a Charlie, que mesmo sendo coadjuvante emocionou).
Matt e Sylar protagonizaram o grande conflito que foi deixado como cliffhanger na temporada anterior (o aprisionamento da identidade de Sylar). Zachary Quinto como sempre estava impecável na atuação. Parece até que ouviram meus pedidos na review anterior quando eu disse que sentia saudade desta manipulação da mente do Matt.
Greg Grunberg, como de costume, continua péssimo na caracterização de um Matt Parkman assustado, perturbado e completamente fora de si; nada mexe comigo quando ele está em cena, mas ao menos a presença de Sylar tem tornado a coisa até interessante.
Para encerrar, como o prometido na última review, tenho que falar sobre Samuel Sullivan. Seu comprometimento com a causa que vem defendendo me impressionou bastante em Strange Attractors; ele sempre está um passo a frente dos demais. No caso da Rebecca, ele já havia deixado claro o grande objetivo; isolar Claire de qualquer relacionamento a fim de que ela, por vontade própria, uma-se a grande família.
Quanto a Tracy, Sam tentou ganhar dois ao preço de um, mas como a "Maria Chorona" é extremamente insegura ainda, não foi capaz de decidir se queria se juntar ao circo e muito menos se preocupou em considerar a mesma proposta para o Jeremy. Só espero que após a perda do adolescente, ela possa ser um pouco mais como a Tracy “relações públicas” que fazia e acontecia antes de descobrir seus poderes.
No fim, fiquei mais do que satisfeito com Strange Sttractors, pois trabalhou vários personagens em uma mesma linha de raciocínio (os planos de Sam para juntar todos); mostrou Sylar finalmente assumindo o corpo do policial chato (espero que a tuação de Grumberg como bad boy seja melhor); e de quebra mostrou um pouco da ira de Sam e do que ele é capaz quando necessita vingar-se de alguém. Finalmente, Heroes está dosado e apresentando um ritmo bem compassado.
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