7 de ago. de 2011

Teen Wolf - 1x10 - Co-Captain



"Sometimes the people closest to you, are the ones holding you back the most"

Após alguns eventos do episódio passado (a paranoia de Jackson com seu machucado na nuca; a revelação da identidade do lobisomem alfa e não tão relevante porém divertidíssimo, a descoberta da homossexualidade de Danny), confesso que fiquei bastante animado e até ansioso com o que veria neste décimo episódio que pela preview se mostrava bastante promissor. Acredito que felizmente tivemos um saldo extremamente positivo ao fim deste "Co-Captain"; houve a ação necessária, um roteiro bastante agradável e, sim, um momento romântico que Scott precisava desesperadamente.


Mas vamos comentar parte a parte, não é mesmo. Para que haja certa coesão em minha exagerada emoção (positiva) no fim deste episódio.

Já começo dizendo que fiquei muito feliz pelo episódio ter se iniciado com o fim da partida de lacrosse, pois não sou muito fã do esporte e seria apenas uma forma deles ocuparam preciosos segundos da série. Agora convenhamos, esse vestiário está protagonizando momentos maravilhosos na série; o local é um labirinto por si só e permite o uso de momentos bastante sombrios; se bem que a essa altura do campeonato, utilizá-lo em todos os episódios fará com que em breve os momentos sombrios se tornem previsíveis e monótonos. Não foi o caso agora, felizmente. Jurava que a qualquer momento Peter Hale apareceria (em sua forma humana), mas para a minha surpresa e espero que para de muitos, foi Derek que primeiramente se apresentou como o mais novo aliado de seu tio.

Sinceramente, achei muito repentino e suspeito essa lealdade de Derek para com seu tio Peter Hale; quem é que em sã consciência perdoaria o assassinato da própria irmã em questão de uma hora? Até o momento não compreendi e muito menos aceitei. Porém, por meio do flashback que Scott teve sobre o passado de Peter (que aliás teve uma edição muito competente), pudemos perceber que foram, na verdade, as decisões de Kate que o tornaram no psicótico vingativo que estamos conhecendo agora.

Ainda em se tratando de Peter; apesar de previsível, sua decisão em sair com a Sra. McCall nos proporcionou o momento mais tenso e ao mesmo tempo mais cínico do episódio; eu até queria rir, mas não conseguia. A criação do personagem Peter Hale foi brilhante e uma adição mais que bem vinda e positiva para Teen Wolf. A passagem em que Scott atende a porta e Peter lhe dá uma lição de moral: "Se me permite interromper sua lista das 5 coisas mais ameaçadoras, por um momento, tente lembrar que estive em coma por 6 anos. Não acha que eu gostaria de jantar como uma linda mulher? Ou talvez, acha que vim com uma ideia, de como seria fácil convencê-lo a ser parte do bando se sua mãe também for". Só por este momento o episódio já merecia cinco estrelas, mas os roteiristas nos presentearam com inúmeros momentos relevantes e prazerosos (dos quais, alguns, infelizmente, não poderão ser abordados nesta review para não torná-la entediante e excessivamente longa e descritiva).

Mas voltando o foco para Scott, achei muito maduro seu discurso para Stiles e Jackson sobre ele não poder proteger todo mundo o tempo todo. É um trabalho árduo uma vez que ele é um lobisomem e não um vampiro que pode correr extremamente rápido e chegar onde quiser em um piscar de olhos. Sua vida social foi praticamente dizimada quando foi transformado e esse drama tem sido muito bem trabalhado ao longo desta temporada, em minha opinião. Sua maturidade em assumir a responsabilidade nos momentos de perigo só nos mostra o quão bem  o personagem vem sendo construído; sempre que posto a prova, suas decisões  me parecem certas. Sua brilhante ideia em fazer Stiles acidentalmente bater no carro de Peter a fim de salvar a Sra. McCall das presas e garras de Tio Hale nos rendeu no mínimo boas risadas (o que não é de nos surpreender já que Dylan "Stiles" O'Brien estava no comando; com seu timing impecável para o humor).

Agora, Jackson! Faça-me o favor de não protagonizar outra cena tão vergonha alheia como a que fez ao praticamente implorar pela sua vida aos pés de Derek. Foi um deleite presenciar esse momento, porém é de sentir muita vergonha que alguém que se mostra tão valente e destemido se torne num chorão. Como sempre, desde o início da temporada criei certa antipatia pelo personagem, pois o cara é o tipo que sempre estará praticando o bullying sem qualquer remorso. E concordo plenamente quando Derek diz "aposto que não teve um dia em toda a sua vida que você não tenha sentido medo de algo", pois pessoas como Jackson só querem acreditar que são bem vindas neste ou naquele círculo, quando na verdade são a escória.

Esta penúltima passagem foi igualmente intensa e pôde trazer, acredito, a performance mais convincente de Tyler "Derek" Hoechlin nesta temporada quando diz a Jackson o quanto insignificante ele é. Mas já que o foco agora está em Derek, porque não dizer o quanto estou confuso com suas intenções. A princípio se mostra uma ameaça; então se revela um guardião e professor para Scott; no começo deste episódio nos dá a entender que sua lealdade mudou de lado, mas então quando seu protegido é baleado, fica todo preocupado. Fico me questionando se esse interesse é só pelo fato de querer McCall no bando ou se realmente sua preocupação é fraternal.

Por último quero comentar sobre a sonolenta, mas não menos importante, plot de Alisson neste episódio. Após descobrir que Scott realmente fez tudo o que fez na escola apenas para protegê-la, a garota pôde ter certeza de que o sentimento que existe entre eles é real; mas isso não quer dizer que seja sincero. Na verdade, creio que é difícil encontrar uma relação tão bem balanceada. A ex-namorada de Scott começou o episódio mostrando que dará mais uma chance para o mais novo capitão do time, mas isso estava fadado acontecer uma vez que a garota não pára de ter sonhos eróticos com o menino lobo todas as noites; sonhos estes que me trouxeram até calafrios (que bela montagem fizeram para representar esse desejo que ela ainda mantém por McCall).


Para ajudar a trazer ainda mais transtornos para a vida amorosa do casal "Scottson", Alisson descobre ainda mais segredos sobre sua família e podemos dizer que começa a compartilhar com sua amiga Lydia, que acredito que ainda fará seu nome ser lembrado por algo (ainda não me esqueci de quando os professores estavam dando os perfis dos alunos e ao falar de Lydia, a descreveu como uma garota extremamente inteligente que age sempre com um propósito). Só me pergunto se com a cena que encerrou este episódio - a revelação da existência de lobisomens feita de Kate para Alisson -, a cumplicidade entre essas duas garotas continuará a mesma. 

Mas se a intenção dos roteiristas ao exibirem essa cena no final era nos fazer discutir o assunto, eles não poderiam ter escolhido pior. Digo isso porque, pelo menos para mim, não me importa saber, no momento, como a sobrinha de Kate lidará com a revelação que sua tia fez; mas sim entender o que o chefe de Scott, o veterinário, quis dizer quando revelou ao seu funcionário que só cuida de cães e gatos em 90% do seu tempo. O que será, então, que ele faz nos demais 10% de seu tempo? Eu poderia ficar especulando durante parágrafos e parágrafos, mas prefiro não arriscar. Ele já foi cogitado e muitos acreditaram na possibilidade (inclusive eu) que o veterinário pudesse ser o Alfa, mas agora que sabemos que Peter Hale é o tal lobisomem que assassinou inúmeros figurantes durante toda a temporada, resta perguntar: quem é o veterinário que salvou a vida de Scott McCall? 

2 comentários:

  1. O melhor de tudo é sua emoção contagiante mais um ótimo post! :*

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  2. Fico grato pelo seu coentário meu anjo.

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