12 de jan. de 2010

Heroes - 4x13 - Upon This Rock

Imagem0001Apostando cada vez mais no drama dos personagens, Tim Kring tem conseguido, finalmente, dar um rumo às tramas de sua série. O enfoque na jornada dos nossos heróis tem se saído melhor do que a encomenda e prova disso foi este retorno de Heroes do seu momento de hiato, pois os roteiristas conseguiram não ficar apenas naquela “ladainha” de “eu tenho que salvar o mundo”, “tenho de ser um herói”.

Lógico que estamos falando de Heroes e como é de praxe, os erros estarão sempre presentes, como Claire mais uma vez prometendo que irá salvar a todos e Hiro novamente fazendo referências mil aos quadrinhos, depois de ter sua capacidade de comunicação um pouco embaralhada. Por mais que eu queira negar, considero sim essa volta às raízes como um deslize na trama, já que todos nós fãs de Heroes sabemos de cor e salteado esse complexo Hércules que ambos os personagens possuem. Querem manter a personalidade? Tudo bem; mas não precisa ficar exagerando; me preparei desde o início para o momento em que Claire sairia correndo e diria que salvaria a todos (e não é que isso aconteceu exatamente desta forma?).

Enfim, toda produção pode ter um deslize aqui e ali, mas considerando que a temporada veio de uma desvairada trama em seu segundo ano e uma ação frenética em seu terceiro, podemos sim acreditar que o programa está novamente voando livre e feliz a caminho de um desfecho satisfatório.

Posso estar redondamente enganado e muitos podem criticar, mas Samuel tem sido de longe o melhor personagem convidado (até mesmo se considerarmos os de temporadas anteriores). Ele é um misto de excesso e falta de moral, ética e decência. Ao mesmo tempo em que consegue ser manipulador e inexcruploso ao dar ordens ao Homem Múltiplo, ele também consegue nos apresentar um dos diálogos mais sensíveis ao lado de Emma.

Desde o início desta temporada venho me encantando com a presença da personagem Emma, que a princípio aparetava possuir a habilidade de enxergar cores nos sons. Em Upon This Rock descobrimos que seu real poder é o mesmo de um sereia: encantar as pessoas por meio de sua música (ou algo parecido). Realmente este poder não é nada do que eu imaginava; e ainda que eu tenha me decepcionado um pouco, acredito que as habilidades de Emma podem vir a calhar nas mãos de Sam.

Foi justamente o diálogo entre esses dois personagens que me fez refletir, emocionar e me sensibilizar neste episódio. Sam conseguiu ser incrívelmente sensivel ao conversar com Emma e lhe explicar seu dom, seu presente e seu real valor no mundo, mesmo que sendo uma deficiente auditiva. Um excelente parabéns para Robert Kneeper que tem feito muito mais do que poderíamos esperar.

Mesmo que com uma despedida tardia de Nathan, acredito que era importante para os personagens, terem este momento no funeral.

Upon the Rock não teve uma volta como eu imaginava, mas ainda me agrada a idéia de trabalhar melhor os dramas dos personagens e suas dúvidas, como tem sido feito com Lydia, Emma e Samuel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário