Private Practice tornou-se independente e hoje brilha sozinha. No começo não tinha como evitar as comparações com Grey’s Anatomy já que foi ela quem deu origem a esta maravilhosa série, que hoje nem pode mais ser chamada de spin-off. Ao longo desses dois anos, Private Practice cresceu, se desenvolveu e hoje segue um caminho bem diferente do que muitos poderiam imaginar.
Com Strange Bedfellows a série pôde mostrar que caminha com as próprias pernas e que possui excelência própria sem precisar de ninguém; seja do público ou do foco nas estórias. Nesta temporada, ainda estou tentando entender a função de Addie em toda a trama, pois até o momento não mostrou ser merecedora do título de protagonista e acredito que muitos fãs ´já deixaram de vê-la desta forma.
Eu já imaginava que após a season finale da 2ª temporada, alguns episódios focariam sim no trama de Violet se essa viesse a sobreviver. Hoje, pudemos felizmente ter a certeza de que ela está mais viva do que nunca e que os holofotes continuam sob ela. Eventualmente, o processo contra o que Katie fez à psiquiatra viria à tona e quem diria que viria a fazer deste episódio, um dos que podem entrar para o hall de episódios inesquecíveis da série.
Fiquei muito apreensivo e tenso durante todo o episódio; minha raiva pela Katie me consome episódio após episódio ao ver tudo pelo que Violet está passando. Os efeitos colaterais de um ataque muitas vezes é tratado de forma superficial nas séries e acho que ao menos Private está cumprindo com seu dever em mostrar a verdadeira realidade por trás de um psicológico abalado e perturbado por eventos passados.
Já estou até cansado em dizer que a psiquiatra vem roubando todas as cenas desta atual temporada e por isso tentarei seguir em frente com os comentários assim que comentar algo que me chamou a atenção na trama de Violet. Há tempos ela vem juntando forças e finalmente teve e a coragem de enfrentar Katie na prisão e lhe dizer tudo o que estava preso em sua pele; em seus pensamentos e em seu coração. A cena da prisão foi a mais chocante de todo os 43 minutos (seriously que foi tudo isso?) e a todo momento eu ficava me policiando para colocar convencer meu coração a ver a situação como meu cérebro: Katie é uma mulher doente e estava em recaída quando atacou Violet; ela não é a culpada e não deve ser punida com a prisão e sim auxiliada com um tratamento.
Ao fim, fiquei muito contente em ver que a vítima pôde compreender as razões que levaram a agressora agir como o fez.
Outra personagem que ganhou o merecido destaque foi Charlotte, que finalmente faz parte da equipe e promete revolucionar o sistema da clínica, tornando-a um lugar magnífico novamente, exatamente como era quando nos foi apresentada há 2 anos atrás. O relacionamento de Cooper e a Capetinha (quis dizer, Charlotte) é, sem sombra de dúvidas, o mais interessante e verossímil da série; as discussões estão presentes, as cobranças e as indiferenças.
Mas algo vinha me preocupando muito desde a temporada passada: a saída de Nai da clínica. Fiquei imaginando como seria a participação dela na série agora que estivesse de fora, mas me esqueci que ela trabalha apenas alguns metros de distância. Shonda é magnífica e a idéia de ter afastado Nai do resto do grupo, talvez tenha sido uma excelente jogada para criar um clima mais adulto e cada vez mais independente de Grey’s Anatomy.
Strange Bedfellows foi realmente excelente e emocionou muito com o caso da Violet; nos fez refletir com a trama de King e nos ensinou o real valor da companhia com a storyline de Amelia e Zoe.
Músicas do Episódio
Greg Holden - Choking on the Concrete
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