2 de nov. de 2009

Private Practice – 3x04 – Pushing The Limits

 

Pushing the Limits veio para continuar a boa leva de episódios que a série vem exibindo e arrisco-me a dizer que o episódio foi bem sucedido ao mostrar uma ligação entre o problema da Violet com os problemas dos demais colegas de trabalho.

Sam decidiu voltar para a área cirúrgica e por mais que eu goste de sua presença na série, vê-lo como um cardiologista não tem tido um efeito muito bem sucedido comigo. O personagem sempre se mostrou um pouco inseguro quanto a sua qualidade como médico (e isso vem ocorrendo desde a 1ª temporada). Sua auto-estima está lá embaixo e Addie definitivamente não ajudou muito com sua superioridade de “eu sou a mega pop da cirurgia e não você”. A única e verdadeira ajuda dela foi seu conselho quanto a confiança abalada de seu colega; acredito que todos os fãs a apoiaram quando ela pediu que ele fosse um homem de palavra: se diz que dá conta do recado, dê conta do recado, caso contrário, engula o orgulho e aceite que nem sempre ganhamos na vida. No fim, fiquei feliz por ele ter realizado com sucesso a cirurgia de marco-passo, mas isso ainda não me ajudou a vê-lo como cirurgião; talvez por eu saber que o ator, na vida real, tem pavor de agulhas, sangue, etc.

E se Addison não ajudou com o problema do Sam, ajudou menos ainda com o de Cooper. Mas ao contrário do que muitos possam acreditar, a apoio na decisão que tomou de ser bem direta quanto a parte da sociedade de Naomi ter que ser dividida. Quando Nai estava no comando, ela simplesmente escondia os problemas e isso acabou de tornando uma bola de neve; o que podíamos esperar de Addie ao assumir, é que ela pudesse ser mais transparente e mais pulso firma nas decisões, que é o que ela vem fazendo.

Gosto muito do Cooper (um dos meus favoritos atores favoritos desde que apareceu em Prison Break) e já não o apoiava desde que ele se mostrou surpreso com o valor do cheque, pois na mesma hora lembrei o quanto ele gastava com pornografia e luxo. Mais tarde, ele mesmo assumiu que o problema era com ele. Só que com essa estória, fiquei muito animado, mas bastante preocupado com a adição de Charllote à equipe da Prática; já consigo pressentir seu namorado dando pulos… de ódio. Sempre admirei Charllote por ser uma mulher tão firme, decidida, determinada e batalhadora (mesmo que às vezes eu quisesse esganá-la por sua estupidez com os outros) e não a culpo pela proposta que ofereceu!

Amy (como Violet), mais uma vez, conseguiu roubar todas as cenas devido à sua trama impecável e sua atuação brilhante; a relutância que vem mostrando em amar seu filho e não vê-lo como um link ao que lhe aconteceu só vem crescendo e se tornando uma estória muito mais do que interessante de se ver. Peter vem tentando de todas as formas recuperar a Violet que ele conhecia, mas forçando-a a lutar contra certos traumas definitivamente não foi uma excelente escolha. Todos perceberam o trauma de Violet (que até acabou interferindo no tratamento de uma de suas pacientes) e concordamos que é uma situação delicada; o ideal é que tudo seja tratado a passos de tartaruga, pois não dá para simplesmente ligar um botão e fazer a psicóloga esquecer tudo o que passou.

Violet se esforçando em sumir com as manchas de sangue de sua casa foi um show em particular no episódio e o encerrou de forma magistrosa, diga-se de passagem. O balanço que posso fazer de Pushing the Limits é bem simples: o ritmo está fluindo, mas com direito a alguns deslizes como a prematura aparição das habilidades cirúrgicas de Sam, e também o péssimo dom de Dell em lidar com seus pacientes.

Por mais que o episódio tenha me agradado, sinto que em alguns poucos momentos foram enfadonhos e prejudicaram o resultado final. Como disse no início, o que realmente me encantou foi essa abordagem dos “limites”, advindo do título do episódio, pela ótica de Sam (suas habilidades), Cooper (suas responsabilidade financeira) e Violet (seu processo de adaptação).

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