21 de dez. de 2009

Misfits - 1x06 - Episódio 6 (Season Finale)

Com um episódio mais do que chocante e brilhante, Misfits encerra sua curta temporada de forma digna, deixando até os mais desacreditados com vontade de conferir o episódio. Depois do supervisor possuído alguns poderiam pensar que seria difícil aparecer algo mas ameaçador; mas o que me dizem de um mundo infectado pelo vírus da pureza e das boas intenções, transformando boa parte da cidade em zumbis em busca de salvação?

Como já vem se tornando comum quando o assunto é Misfits, o tema do episódio parecia ser tão bizarro que ficou até difícil acreditar como toda a trama conseguiu se desenvolver de forma tão estável e surpreendente. E se tem algo que tem me deixado louco (no bom sentido) é essa sacada dos roteiristas em sempre nos fazer pensar uma coisa nos promos da série e depois fazer algo completamente diferente (e melhor) no episódio.

Eu imaginava que essa Season Finale iria tratar da descoberta do segredos do grupo (a morte do casal de supervisores), mas nada disso aconteceu; nem mesmo a morte de Sally foi descoberta pelos amigos de Simon, o que mantém bastante storylines para a próxima temporada; sem bem que o fato de Sally ter desaparecido, pode vir a ser um desfecho interessante para a série. Só é preciso cuidado para não tocar novamente nesta storyline de forma desajeitada e estragar tudo.

Por outro lado, Misfits preferiu trilhar outro caminho; um bem mais ousado do que a segurança de permanecer no óbvio. Ao invés de uma batalha entre o bem e o mal (sendo o mal o nosso grupo de desajustados), tivemos mais um episódio que o tempo todo preparou o palco para um grito de liberdade e reafirmação da juventude. Tivemos um Nathan mais político do que nunca e que fez um trabalho extraordinário em seu discurso. Seus supostos últimos minutos definitivamente só nos fez acreditar que, por mais pervertido, louco e nojento que ele seja, é o único com vigor e coragem suficiente para liderar o quinteto.

E por falar em grupo, nada mais justo do que manter somente Nathan, Simon e Kelly para salvarem a todos. Kelly é aquela que sempre mantém o grupo unido e não permite que ninguém desista; ela é o apoio emocional da turma. Simon por sua vez, é o cérebro por trás de tudo e somente ele consegue elaborar saídas viáveis para o que o grupo faz de errado; sem contar que é o mais maduro. Já Nathan é sincero, fala o que tem de ser dito e consegue irritar qualquer ser na face da terra; se o colocarmos ao lado de Sue Sylvester teremos o fim do mundo com certeza.

Misfits teve um final mais do que digno e agora faz parte do Hall de séries deste ano que conseguiram se manter estáveis durante toda a temporada e superou as expectativas dos espectadores em cada episódio. O acerto está por todos os lados como já comentei na review anterior; fotografia, atuação, produção e roteiro estão sempre em sintonia com a trilha sonora (que já teve Lady Gaga, Adele, Damien Rice, The Prodigy, etc).

Descobrimos o tão misterioso poder de Nathan que foi revelado em um momento bem oportuno, mas em um local bastante inconveniente: ele é imortal e está à sete palmos do normal. Fico me perguntando agora o motivo de sua sombra ser um lobo (ou cão) durante a abertura. Por mais que eu esteja me esforçando, não consegui abandonar ainda minha teoria de que ele seja um lobisomem. É importante lembrar que o portão que o atravessou ao meio provavelmente era de ferro (e não prata), o que ainda sustenta meus devaneios.

Enfim, surpreendentemente afiado é a forma com que Misfits se despede nesta temporada; com uma crítica bastante positiva (ao menos da minha parte), a série conseguiu garantir uma segunda temporada, mais do que bem vinda diga-se de passagem. O único problema neste momento é a espera dolorosa de meses e meses para novamente presenciarmos a polidez e educação de Nathan, assim como a pornografia entre Alisha e Curtis. Com toda aquela deformidade no rosto, Kelly provavelmente tirará umas férias lá em Pandora, seu planeta de origem, enquanto Simon irá se tratar com Violet na clínica de Private Practice.

É pessoal, estamos diante de uma despedida dolorosa, mas necessária.
Até a próxima temporada e teclo com vocês nas redes sociais da vida.

5 comentários:

  1. Cara, série que poucas pessoas (como nós) tiveram a oportunidade de assistir mas que valeu a pena. Parabéns pelo comentário. Acertou em cheio. Esse final de temporada, nesse ano, fica apenas atrás do final de temporada do Dexter. Brilhante. O mais legal foi a calma do Nathan curtindo seu Ipod e pensando no que fazer. Mto boa!!!

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  2. Henry Akashi22/12/09 12:54

    Nem me fale do Nathan ouvindo iPod no caixão. Foi perfeito... ele ficou lá sossegado... Quero só ver se essa bateria do iPod vai durar o ano todo até começar a 2ª temporada;

    Estuo curioso para ver como Simon vai lidar tbm com a morte de Sally.

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  3. Putz, fiquei chocado quando vi que era season finale!

    Pô, concordo totalmente: só perdeu para o finale de Dexter. E o Nathan é vacilão, se tivesse assistido Kill Bill ele sairia do caixão fácil hauaha

    PS: E o garoto que estava na bike e ajudou o Nathan a fugir da multidão? Mistério pra segunda temporada né. (assim como o Henry ainda sonha que o Nathan é lobisomen, eu ainda sonho que aquele colega deles - Gary né - sobreviveu ao ataque do supervisor/e aos dois enterros hauahauaha)

    PS 2: acertei o poder do Nathan #chupa hauahaua

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  4. Henry Akashi25/12/09 13:17

    Falou e Disse eheim Vini. Se ele tivesse visto Kill Bill já tinha saído fora. O problema é que ele é imortal, mas sente as dores como qualquer um.

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  5. Eu só achei meio ridiculo o Curtis falando que nao sabia como o poder dele funciona, já tá mais do que na cara isso né? Mais o episodio foi ótimo, a série é muito boa! Mal posso esperar pela segunda temporada.

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