2 de nov. de 2009

Uma Prova de Amor (My Sister’s Keeper, 2009)

Dados completos do filme no IMDB.

Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Jeremy Leven e Nick Cassavetes
Adaptação do romance Best Seller de Jodi Picoult.

Nick Cassavetes mostrou mais uma vez ser um competente contador de histórias e em Uma Prova de Amor consegue provar ser um roteirista brilhante.

A trama de Cassavetes, em parceria com Jeremy Leven, traz Anna Fitzgerald (Abigail Breslin) uma garota de apenas 11 anos que decide processar os pais Sara (Cameron Diaz) e Brian (Jason Patric) a fim de impedi-los que continuem usando seu corpo na tentativa de salvar a vida de sua irmã mais velha, Kate (Sofia Vassilieva), a qual é diagnosticada desde pequena como vítima de um tipo raro de câncer. Com a ajuda de Campbell Alexander (Alec Baldwin), Anna busca por seus direitos de viver uma vida normal. A doença de Kate não interferiu apenas na vida de Anna durante os últimos anos, mas também na de seu outro irmão Jesse (Evan Ellingson) que é negligenciado pelos pais e sua tia Kelly (Heather Wahlquist) que começa a trabalhar meio período para ajudar sua irmã Sara no tratamento.

Para quem conhece a carreira de Cassavetes, é inevitável a comparação de sua direção nesta película com a que realizou em Diário de uma Paixão; sua assinatura está por todo o canto, desde a sensibilidade com que trata o tema proposto, até na brutalidade com que exibe os dramas da história. O foco pesado em cima dos personagens é uma das marcas que mais admiro na carreira do cineasta e neste longa, parece que ele encontrou a dosagem certa desta abordagem e a explorou de forma magnífica.

Desde a primeira passagem em que Anna declara ter sido “feita por encomenda” podemos perceber a forma com que o filme será tratado durante seus 109 minutos; a emoção está presente em suas diversas formas, seja na tristeza de ver Kate definhando ano após ano, seja na simplicidade com que a família procura manter o humor em suas vidas mesmo diante de uma situação tão deprimente.

Como é de costume, todas as passagens de Abigail Breslin são especiais e só confirmam que a atriz mirim é uma das grandes descobertas nos últimos anos; sua interpretação vem ganhando mais peso a cada filme e é evidente que a garota merece um grande destaque em um filme para que possa levar uma certa estatueta de ouro.

Breslin não é a única estrela do filme, Cameron Diaz sai melhor que a encomenda no papel de uma mãe que, no desespero para salvar a vida da filha, abandona sua carreira, negligencia seus filhos e marido e ultrapassa o limite da sanidade quando vê Anna apenas como um meio para o fim que deseja. A princípio é muito bonito ver a dedicação de Sara, mas com algumas cenas a mais, Cassavetes já nos faz criar uma certa antipatia pela personagem ao nos mostrar que ela realmente acredita que está tomando as decisões certas.

Jason Patric tem pouco tempo em tela para poder mostrar sua real importância na película, mas ao menos conseguimos compreender a mensagem do diretor de que Brian foi perdendo sua autoridade como tempo e hoje só acata as decisões tomadas por sua esposa. Jesse tem seus momentos nos longa também e é ele quem traz no fim, os verdadeiros motivos que levaram Anna a entrar com o pedido de emancipação médica. Campbell Alexander não aparenta em momento algum ser um personagem canastrão a fim de conquistar glória e sucesso com a vitória do caso, pelo contrário, ele conhece a dor de Anna e só está presente para fazer com que nós telespectadores, tomemos parte na situação. Sua participação satisfaz muito e cumpre com seu propósito.

2 comentários:

  1. Nossa o q dizer desse filme, o q uma mãe não faria para salvar um filho? o q um filho nao faria para salvar sua familia? questoes muito bem abordadas nesse otimo filme, cheio de emocoes, conflitos, e muito amor! Com um elenco elevadissimo, juro q torci o nariz para Cameron Diaz num papel dramatico, pq nao consigo citar um bom drama com ela? Mas tenho q admitir q talvez nesse eu comece a mudar meus conceitos, hehehehe... nao sei muito bem qual dos personagens eu gostei mais, pq td acho q funcionou perfeitamente, a mae, o pai, o advogado, as filhas, o cancer, etc... Nao sei bem o q eu mais gostei nesse filme, acho q a parte dos filhos abrirem os olhos dos pais, qdo esses estao cegos pelo maior amor q eu conheco, o amor maternal e pelo peso da responsabilidade de fazer o q eh certo custe o q custar! Vixi acho q estou saindo do contexto ne? bom... foi isso q eu achei.. gostei muito do filme!!! Sds.

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  2. Miti , eu ia até escreever mais coisas... mas estava passando mto tempo de quando eu comecei a escrever e resolvi postar sem um final competente na crítica.

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