26 de out. de 2009

Trauma - 1x02 - All's Fair



O que você chama de onda, eu chamo de aposentadoria”.

O melhor é manter as expectativas baixas, pois assim pode ter uma excelente surpresa! Simplesmente não tem como explicar como consegui ser fisgado por Trauma, pois em seu episódio piloto achei o máximo, mas sem muitas esperanças de que pudesse vir a crescer e em All’s Fair cai feio do cavalo; um grande exemplo já veio com a fala da Marisa que destaquei no início.

A princípio fiquei preocupado em o episódio ficar naquela pasmaceira do início com o menino chorando, o Rabbit com medo da criança e brigando com a Marisa por não saber um procedimento simples de primeiros socorros; mas daí tivemos a cena dos colegas tirando sarro do Rabbit e daí senti um pouco mais a fluidez que o episódio poderia vir a ter.

Gostei muito das duas passagens seguintes em que Nancy ensina o novato Glen sobre as falsas emergências e também do Boone enfrentando o perigo ao tentar salvar a vida de uma garota em detrimento de um leve ferimento de um membro de uma gangue.

Sobre este segundo ato, confesso que não sabia que o procedimento adotado era de esperar a chegada da polícia no local para então iniciar o atendimentos aos feridos; fiquei tenso nesta cena e ainda que eu soubesse que nada muito grave iria acontecer, fiquei apertando minhas mãos rezando para que o “bandidinho” não atirasse em Boone. Enfim, o que pude tirar de conclusão disso foi que Tyler, por mais que estivesse seguindo o protocolo, ganhou minha antipatia por não ter ajudado seu parceiro antes.
Já sobre Nancy, o que dizer? A garota a cada dia que passa se revela mais “bitch” do que eu podia imaginar, e não venham me condenar por isso; até seu chefe apostou que ela ia “cavalgar” em até três dias com o novato.
Mas até que foi agradável vê-la ao lado do novato; ambos são estonteantes em beleza e se completam de forma interessante: Glen não tem (ainda) a habilidade de Nancy, mas possui uma garra que pode levá-lo longe; já Nancy precisa aprender melhor com seus erros e deixar de se apegar tanto (neste ponto, seu parceiro se mostra mais promissor em aprender a lição).

Mas não há o que enrolar, o grande espetáculo (ou barraco, se preferirem) teve início mesmo em uma feira livre. Assim como é de costume vermos grandes confusões em feiras livres nas nossas novelas tupiniquins, pudemos perceber que nos EUA eles não ficam muito atrás não.
Brincadeiras a parte, posso dizer que jamais imaginaria uma trama interessante com um pano de fundo tão singelo.

Rabbit, por mais que queira mostrar ser o durão, machão e o folgado da turma, quando foi pressionado a tomar uma decisão por meio da moral (como bem disse) estourou para cima do novato e no fim ficou sim com peso na consciência pela escolha que tomou. Não pude crucificar ninguém no momento, afinal, Glen está aprendendo e por ridículo que tenha sido seu erro e falta de ética, não justificava ter tido sua atenção chamada da forma que foi. Já Rabbit, tem me conquistado mostrando uma sensibilidade muito grande (diferente do Boone que por mais que vê seu relacionamento indo pro lixo, insiste em ficar pensando na grama do vizinho).

Agora é sério, alguém pode me explicar o que foi tudo aquilo com a Marisa? Ela não esteve na guerra? Acredito que por mais que os cargos sejam específicos, quando se está na guerra, não há tempo para escolher o que fazer; estão todos lutando pelas suas vidas e isso exige que os soldados sejam o mais capacitado possível. Por este motivo, juro que havia entendido que ela sabia fazer o procedimento, mas não gostava de fazê-lo (senti isso quando ela discutiu com o Rabbit após ele repreendê-la); e ao fim do episódio o Rabbit vai ensiná-la calmamente aquilo que ela devia saber, por exigência, para o exercício de suas funções? Boiei geral mesmo.

Enfim, All’s Fair trouxe uma nova ótica da série para mim e de agora em diante, confio que seguirei até o fim da temporada, mesmo que esta oscile em sua qualidade. O nível está excelente e acredito que se cair, ainda permanecerá boa, ao menos.

PS: gritei muito com o torniquete!

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